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Pretende-se com esta oficina dar uma base teórica e um amplo leque de propostas e recursos para trabalhar animação à leitura e a promoção do livro , na aula, na biblioteca e outros espaços.
Parece indiscutível que ler é um passo prévio e necessário para a aquisição de conhecimentos, mas também para o crescimento pessoal, para o desenvolvimento das capacidades e da atitudes nas crianças.
Sem leitura não existe aprendizagem. Porém ler é também uma porta aberta a outros mundos, a outras vidas, uma fonte de prazer e de disfrute. Ler faz-nos mais livres.
Conteúdos : a necessidade de ler ? | a animação à leitura : atitudes, centros de interesse, livros, histórias, tradição oral ,folclore | Os livros | Algumas propostas: livros que dão pistas | Outras propostas: pequenos e grandes jogos com liovros | Ócio e outros espaços alternativos | Algumas grandes actividades de animação à leitura | A todas as horas | Oficinas | Contar contos
B – Poesia com Papel – Gémeo Luís
O que será que o Gémeo Luís vai fazer com uma fotocopiadora, clips, fita cola, colas, papel A3 e A4, sacos de plástico do lixo pretos, tesouras, x-actos, lápis, marcadores pretos grossos , cartões grossos para servirem de base aos trabalhos a recortar.... é um mistério, mas ... se olhar com atenção para o seu trabalho como ilustrador talvez seja fácil de perceber. A verdade é que quiser saber, vai mesmo ter de se inscrever .
C - Leituras de corpo inteiro – Letícia Liesenfeld
Que elementos expressivos podem apoiar o acto da leitura em voz alta?
Partimos desta questão para propor a criação de uma "leitura em relevo", onde o corpo, a voz, e a relação com o espaço e com os objectos participam como materiais expressivos integrados na estruturação do acto da leitura.
Exercícios que desenvolvem o movimento do corpo e a manipulação e relação com o livro, serão a base deste trabalho. Arriscaremos em conjunto ao longo do ateliê, a criação de pequenas composições apoiadas nos materiais expressivos encontrados.
Utilizaremos neste trabalho três livros que, pelas suas características temáticas, narrativas, e plásticas, são dirigidos a públicos de faixas etárias diferenciadas. E desta forma nos permitem explorar a lenga - lenga de A Mosca Fosca, o diálogo de Um segredo mal guardado e a palavra poética de O Gato e o Escuro.
D – Festa da Palavra : criação poética e jogos orais - Alexis Pimienta – em castelhano
Experiência poética que tem como objectivo fundamental, incentivar os hábitos de leitura através de jogos orais e mnemotécnicos, improvisações, adivinhas, contos, piadas e outros recursos lúdico-recreativos. Nestas seis horas conjugar-se-á o lúdico, o poético e o didáctico.
Utilizando uma metodología activa e participada, baseada em exercícios e jogos com rimas, versos e estrofes, o poeta desperta no grupo o seu potencial criativo. De forma lúdica potencia-se a concentração, a memória, o dominio lexical e sintáctico, desenvolve-se e enriquece-se o vocabulario , potencia-se o carácter competitivo. Hoje em muitos lugares começa a utilizar-se a oralidade como recurso pedagógico, está na hora de voltar aos exercícios mnemotécnicos, ao ritmo, ao jogo da memória, suportados nos cantos folclóricos e nas formas tradicionais do saber.
Tópicos : Segue a rima | Segue a rima em cadeia | Frases e métricas | Completa a quadra | Completa a quintilha e a décima | Memorização de estrofes
E – Reservado o direito de leitura | Oficina sobre a dinamização dos clubes de leitura presenciais e 2.0. – Piratas de Alejandria – em Castelhano.
Há clubes para tudo: de futebol e de futebolistas, de golfe e de golfistas, de países emergentes e imergentes, etc. Porém de todas estas panóplias de possibilidades, vamos escolher uma, a reunião mais selecta: a dos clubes de leitura. Um grupo de cidadãos, entre os 8 e os 100 anos que decidem dedicar o seu tempo ao exercício mais etéreo, fantástico e complexo, de todos os que foram inventados pelo ser humano: viajar através de um livro .
F - Imaginário Tradicional – o livre curso das estórias? – Maria Teresa Meireles
Sobre contos, lendas, rimances, rimas, adágios, provérbios, adivinhas e demais rios que correm para o mesmo mar: o Imaginário Tradicional.
Que imagens percorrem esses textos de tradição oral? Que constantes, que elos, sequências, imagens e contextos nos envolvem e nos devolvem aquilo a que chamamos Imaginário Tradicional?
Pequeno curso livre sobre o Imaginário Tradicional.
G - Palavras de água e vento – Emília Traça
De que falamos nós, quando falamos de poesia? A memória da poesia está nossos genes? A poesia está na moda? A poesia está na rua? Que laços unem a poesia à música à pintura e à dança? O que é a poesia oral? E Poesia de Autor? A poesia Oral é fonte de criação? Poesia rima com utopia, magia… e com pedagogia? Existe uma poesia para crianças? Qual o papel da poesia na Educação? As Palavras podem ser brinquedos?
Nesta oficina iremos procurar algumas respostas e formular outras tantas inquietas perguntas.
H – Inventário de Vozes – Cristina Verbena - em castelhano.
Esta oficina visa fomentar a criatividade vocal através de propostas de jogos de grupo e individuais.
“ LA VOZ QUE JUEGA A ENCONTRARSE CON OTRAS VOCES, QUE BAILA EL AIRE Y DIBUJA GESTOS, FORMAS NUEVAS.
LA VOZ ASOCIADA AL CUERPO Y AL MOVIMIENTO.¿QUÉ CUENTA MI VOZ? PAISAJES SONOROS CREADOS EN GRUPO, LENGUAJES INVENTADOS Y TRABAJO CON CANCIONES TRADICIONALES
Esta oficina inclui uma parte de exercícios de relaxamento e aquecimento vocais de forma a que a experimentação não coloque em risco a saúde vocal dos participantes.
I – A arte de ser leitor – Zé Fanha
- “E Deus disse faça-se Luz…” O mundo foi feito pela palavra?
Apontamentos para uma História da renitência à leitura em Portugal.
Ler é perigoso? A leitura como divergência.
Leitura e emancipação: para uma história da partilha da leitura.
Edição e formação de comunidade interpretativas informais.
- Construir uma sociedade da informação e do conhecimento.
Os equívocos do uso da net.
De que é que falamos quando falamos de leitura?
Ler fácil, ler difícil. Oralidade e sentido.
Leitura e tradução. Leitura e viagem.
Ler e escrever.
J – Habitar el Sonido - Rodolfo de Castro – em Castellano
A busca de sentido das palavras| Como tratar um texto para extrair-lhe a voz | Um pouco de história | Uma proposta de analise e construção de um espectáculo | O corpo a palavra, a cena e o público | As quatro dimensões da narração: espaço, tempo, profundidade e intuição. Uma proposta que vai da cabeça ao corpo e à intuição. As palavras dizem como querem ser ditas | O corpo diz como quer ser dito | O público diz como quer escutar |
L - Quem tem medo do Lobo Mau ? – Maurício Correa Leite
Uma oficina que fala sobre lobos? Sobre maus? Sobre lobos maus?
(1) “… ninguém conhece a história verdadeira, porque ninguém jamais escutou o meu lado da história.” (2) “… Rip Van Winkle, sentiu um vago arrepio de medo. Espiou ansioso na direcção de onde viera o chamado…” de susto em susto, de história em história, abrem-se 15 livros onde lobos, fantasmas, anões, feiticeiras e bruxas criam o medo e o espanto. A análise do texto e da ilustração, levará ao diálogo entre ambos e a uma abordagem artística integrada, onde se cruzam múltiplas linguagens. Chegaremos à produção de novos e misteriosos textos, à identificação de critérios fundamentais para a selecção de acervo e à descoberta de como trabalhar o livro na escola, em casa e na biblioteca, tendo sempre em perspectiva a formação continuada do leitor.
1 - A verdadeira história dos três porquinhos! Jon Scieszka |Lane Smith.
2 - Rip Van Winkle, de Washington Irving, ilustrado por John Howe.